A pintura é algo que sempre esteve em mim, adormecido durante anos mas pacientemente esperando pela oportunidade de emergir.

A pintura abstrata é um processo emotivo, por vezes assustador, mas que me leva para uma zona de conforto e libertação onde o tempo pára e onde tudo é possível.

Não só olho… vejo, sinto! O que me atrai? A essência e energia das coisas, sejam elas uma casa em ruínas, um castelo, uma parede desgastada pela passagem do tempo, a natureza, o mar, o ar, o espaço.

Na minha pintura, procuro explorar as camadas da existência,

passado ou presente,

quer seja numa velha estrutura criada pelo homem ou nos vários elementos da natureza que a cada momento se renovam,

independentemente de guerras, desastres naturais

ou da negligência do ser humano.

Através da tinta acrílica, colagens, texturas e da liberdade criativa,

pinto na forma abstrata, deixando transparecer sentimentos e emoções do que uma vez foi, mas cuja energia nunca desaparece e transcende os tempos,

ou pinto paisagens abstratas, por vezes místicas, deixando que estes novos mundos possam ser explorados pelos olhos de quem os contempla.